quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Afinidade

Convivo com muitas pessoas,
Por mais ou por menos tempo.
Tanto as más, quanto as boas,
Atento-me ao comportamento.

Não importa se já há anos
Ou apenas por alguns dias.
Nada altera os nossos planos
De receber e dar alegrias.

Por vezes estamos longe,
Por outras estamos perto.
Há algo que ainda se esconde?
Descubra se for esperto.

Talvez um desejo secreto,
Quem sabe uma inquietude.
Ninguém muda por decreto,
Simples questão de atitude.

Na verdade não há mistério,
Basta agir com curiosidade.
Não se leve tão a sério,
Pois isso não tem idade.

Então te faça perguntas,
A vida é que dá respostas!
Se estas pessoas andam juntas,
Ah! Deus escreve por linhas tortas...

(Eduardo Santos)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Noção do Tempo...


Se tenho poucos minutos,
Penso antes de ir embora.
Diante de tais atributos,
Quando vejo perco a hora.

Agora se tenho um dia,
A intuição não se engana.
Matei a saudade que ardia
Ganhei a minha semana.

Mas na primeira quinzena
Resolvo assumir de vez,
Sequer rezei, fiz novena.
Eu não cogitava um mês.

Daí  já vem o semestre,
Para muitos, algo insano.
Sinto-me um extraterrestre,
 Por ser feliz mais um ano.

Mesmo por um segundo
Ou por toda eternidade.
Faça sua parte no mundo
E seja você de verdade!

Foi-se a noção do tempo,
Invento uma nova medida.
Palavras que jogo ao vento:
Amar dá sentido à vida!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Gestão Emocional


A falta de Gestão Emocional tem sido o principal fator de conflitos na vida e, em especial, no meio corporativo. A competência técnica não tem mais o condão de garantir a empregabilidade. A importância de gerir as emoções em nosso cotidiano é algo pouco explorado, mas de grande utilidade.

Um dado revelador é que mais de 80% de nossas ações se dão em nível inconsciente. Dessa forma, a emoção adquire grande relevo, uma vez que o disparo de uma emoção ocorre inconscientemente diante de um contexto, direcionando nosso comportamento. O homem, na grande maioria das vezes, conduz suas atitudes e ações através das emoções que sente em determinado momento. Entretanto, poucos são aqueles que conseguem administrar suas emoções e tirar delas o seu melhor proveito. E elas foram feitas justamente para nos auxiliar, embora poucos saibam disso.

É comum que as pessoas se retraiam diante do primeiro sinal de uma forte emoção, o que as faz fugirem dos desafios da vida, inibindo seus potenciais e suas virtudes, limitando-as nas tomadas das decisões e as impedindo de correr riscos. Estamos sujeitos a relação de causa e efeito entre nossas emoções e nosso comportamento. Devemos e podemos deixar de colocar a vida à disposição das emoções e passar a colocar as emoções à serviço da vida. 

Afinal, durante um dia sentimos inúmeras emoções e todas estão aptas a serem postas em nosso favor. Um estudo americano apontou dentre as 24 principais emoções vividas por uma pessoa, 75% são negativas e 25% são positivas. Isso ressalta a importância que as emoções negativas têm em nossas vidas, bem como a necessidade de buscarmos ferramentas de Gestão Emocional. É perfeitamente possível transformar uma emoção negativa num gatilho de uma emoção/atitude positiva. 

Para tanto, é indispensável que tenhamos a competência de gerenciar nossas emoções em dada situação em prol de nosso comportamento e objetivos. Para isso, é preciso compreender o atributo funcional de cada emoção. O primeiro passo da Gestão Emocional!

Para se tornar um gestor de emoções é preciso conhecer as principais emoções que vivenciamos, seus respectivos sinais e as técnicas de auto-conhecimento. É importante dissecar a estrutura das emoções e utilizá-la em nosso favor para que sejamos os senhores das emoções, para que elas trabalhem em nosso favor. Será através da prática reiterada que desenvolveremos as habilidades e os hábitos que nos conduzirão à excelência emocional. Não é uma tarefa fácil, pois nunca fomos preparados para este saudável desafio. Contudo, é algo plenamente possível!

Assim, exercício da Gestão Emocional não nos exige que não tenhamos emoções negativas. Antes pelo contrário, precisamos senti-las apenas o tempo suficiente para lermos o seu sinal e tomarmos uma atitude positiva e construtiva. Geralmente, as emoções nos ocorrem em ordem de intensidade, sendo uma precedente da outra. Portanto, devemos adotar um padrão positivo ao primeiro sinal, evitando com que a emoção negativa se expanda para obter o controle da situação.

As emoções têm uma função importante em nossa gestão interna, qual seja: despertar-nos para uma guinada em nosso modo de agir e pensar. Se você conseguir filtrar cada emoção, poderá evitar o processo de controle emocional, pois estará agindo de forma imediata ao identificar o sinal emitido. Por via de consequência, ao adquirir o hábito da Gestão Emocional, você estará agregando para si uma ferramenta diferenciada na busca do equilíbrio, coerência e qualidade de vida, ampliando significativamente suas competências pessoais.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Filme da Vida


As pessoas costumam definir a vida, especialmente no sentido conotativo, das mais diversas formas: é um jogo, é uma aventura, é uma poesia, é uma canção, é uma festa, é uma droga, é um paraíso, é um inferno, etc. Podemos discorrer quase infinitamente sobre ela. Considerando os passos que nela dei, posso concluir que a vida é um filme.

Temos muitas dificuldades em estabelecer o que queremos da vida. O que não nos damos conta é que somos os diretores de nosso próprio filme. Você tem idéia do quanto isso significa? Podemos escolher o roteiro, os personagens, a trilha sonora, a fotografia, os efeitos visuais, os figurinos, a edição, a arte e por aí vai. Ficamos cheios de idéias, projetamos na tela o resultado dos nossos sonhos. Mas por estarmos profundamente envolvidos na trama, delegamos uma das partes mais importante: a direção. E, com isso, tudo foge do controle.

Assim, o começo revela-se instigante e, por termos pouca experiência, optamos por um roteiro adaptado, meio pré-concebido, com um início, meio e um final feliz. Contudo, os personagens são previsíveis: um mocinho e uma mocinha. Ambos são envolvidos numa trama romântica com uma dose de comédia, que começa com uma aventura, transforma-se num drama, passando por um suspense, por vezes com ares policial, chegando a um ambiente de guerra e culminando num clima de terror (Não era bem esse o projeto pensado). Após a exposição do filme ao grande público, vem o peso da crítica especializada. Em seguida, começam as justificativas: problema no orçamento, erro de adaptação, atores incompatíveis com os papéis, falha na montagem, na direção...

No filme da vida, a realidade confunde-se com a fantasia da Sétima Arte, vejamos:

Acumulamos o papel de diretor e ator principal. A primeira preocupação é a de encontrar a(o) atriz(ator) que vai contracenar conosco. Feita a escolha, surge um grande detalhe: a (o) atriz(ator) pode não concordar com algumas cenas previstas e querer compartilhar na direção e revisar o roteiro a dois, caso contrário, não haverá gravação. Já que a produção tem limitações, ambos cedem para começar a rodar o filme da vida. A trilha sonora e a fotografia são riquíssimas. Os efeitos visuais são restritos as primeiras cenas da relação. A cena do casamento é convincente. Depois, os figurinos são trocados inúmeras vezes, prejudicando a montagem e exigindo muito da edição. A arte – da conquista – restringe-se aos minutos iniciais e o roteiro passa a ser enfadonho. A dificuldade para gravar a cena do enterro é comovente.

Por mais óbvio que possa parecer, ao final, temos a nítida sensação de que já vimos ou já fizemos esse filme. Há os que ainda acreditam na idéia e fazem diversas versões da mesma coisa, por isso que surgem: Sexta-Feira 13, XIII (conta a história da moça que tenta casar no dia de Santo Antônio, em 13 de Junho), O Senhor dos Anéis (sobre o cara que propõe noivado a todas as namoradas e nunca casa), Esqueceram de Mim III (o drama da balzaquiana que foi abandonada 3 vezes no altar), Missão Impossível (as aventuras de um xavequeiro que não consegue largar a balada). Você deve estar rindo, ou porque se identifica, ou porque já passou por isso, ou porque conhece alguém que tenha enfrentado o mesmo. Incrível, mas só mudam os personagens!

A melhor parte disso tudo é que você pode limitar-se a se divertir com as cenas vividas e contadas. É perfeitamente possível fazer um novo filme, algo totalmente diferente daquilo que já fora produzido. Não precisa seguir um padrão, um modelo, uma referência, nada. Afinal, você é quem está no controle total da produção. Claro, vai precisar de uma co-direção com idéias também inovadoras – se for o caso de uma obra conjunta - para que se possa escrever um roteiro inédito. Apenas uma questão de escolha e decisão!

Para fazer e ser diferente é preciso quebrar padrões. A vida é um filme e você, a qualquer momento, merece gravar o seu Filme da Vida.